DAE inova com estrutura modular na expansão da emergência do Hospital de Messejana

31 de maio de 2017 - 16:27

A construção do novo setor da emergência do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), inaugurado nesta semana, cumpriu um prazo bem abaixo do previsto para a execução de obras desse porte. O Departamento de Arquitetura e Engenharia do Estado – DAE , órgão vinculado à Secretaria da Infraestrutura – SEINFRA, utilizou unidades modulares para construir os 48 novos leitos, tornando possível a entrega do ambiente em tempo recorde.

A escolha pelas unidades modulares, que têm custo equivalente às construções em alvenaria, veio como uma solução para garantir rapidez nas obras. ” A ideia do uso dessa alternativa construtiva se deu em uma visita ao Hospital de Messejana em que víamos a necessidade de tirar os pacientes dos corredores de forma mais rápida possível. Enquanto a construção de um espaço como esse em alvenaria duraria em média um ano, o uso das tecnologias modulares, em alguns casos, pode diminuir esse tempo para 90 dias, por exemplo”, salienta o superintendente do DAE, Sílvio Campos. A expansão da unidade de Messejana levou seis meses, metade do prazo necessário para a obra tradicional.

A economia em tempo se dá porque toda a edificação já vem produzida da fábrica, em módulos prontos, que são transportados para o local da construção e acoplados, formando assim a Unidade Modular de Saúde (UMS). As estruturas em aço, com núcleo em espuma rígida de poliestureno expandido ou poliestireno injetado, são denominadas de módulos habitacionais, segundo a empresa NHJ do Brasil, responsável pela expansão do HM. “Já havíamos utilizado a tecnologia na construção de UPAs no Ceará e sabíamos que era possível seguir as normatizações e legislações para a segurança hospitalar preconizadas pelo Ministério da Saúde”, falou o diretor de obras especiais do DAE, Cláudio Brito.

Os módulos são colocados sobre um sistema de apoio, ou pilaretes, a uma altura mínima de 50 centímetros do solo para permitir a manutenção das instalações localizadas na parte inferior do piso. Na parte interna, o piso é de compensado naval, coberto por manta vinílica específica para uso hospitalar. A unidade modular tem cobertura de telhas galvanizadas. “Outros pontos positivos é que devido a entrega dos módulos prontos, o desconforto com barulho e sujeira durante as obras diminui drasticamente, além da durabilidade de material que é bem maior se comparada aos prédios em alvenaria”, completou Sílvio.

Para o diretor do Hospital do Coração, Frederico Augusto de Lima, a entrega rápida da nova unidade é um alento não só para os pacientes, como também para os funcionários do hospital. Segundo ele, o espaço vai ajudar a amenizar um dos principais desafios do atendimento público: a superlotação. “Temos passado por um aumento de demanda grande, assim ter uma obra que possa prover uma boa estrutura de forma rápida e sem ter implicação nos resultados terapêuticos, é de extrema relevância para o HM”, disse.