“Crochetaço” surpreende passageiros e movimenta Metrô de Fortaleza

12 de setembro de 2025 - 15:16

Passageiros da Linha Sul foram surpreendidos por um “crochetaço” realizado esta semana, em alusão ao Dia Mundial do Crochê, comemorado nesta sexta-feira (12). Alunas do Sesc Ceará ocuparam os trens do metrô para crochetar juntas, divulgando e incentivando a arte do crochê. A ação, que transformou a Linha Sul em espaço de cidadania e inclusão social, foi promovida pelo Sesc Ceará como parte do projeto Envolva-se, em parceria com o Metrofor.

Participaram do crochetaço – realizado na manhã desta quinta (11) – mulheres da comunidade Moura Brasil, bairro que abriga a sede administrativa do Metrofor. Elas confeccionaram peças de crochê e compartilharam com os usuários do metrô os benefícios dessa prática, reconhecida como arte, terapia e também como fonte de renda. As peças produzidas são comercializadas, contribuindo para a sustentabilidade financeira das artesãs e de suas famílias.

A ação integra o projeto Envolva-se, desenvolvido pelo Sesc Ceará desde 2023, que trabalha a sustentabilidade a partir do reaproveitamento de resíduos têxteis. Além do crochê, são oferecidas oficinas de biscuit, macramê e costura criativa, possibilitando que os participantes aprendam novas técnicas e transformem o conhecimento em geração de renda extra. Além da comunidade Moura Brasil, o projeto beneficia moradores do Cais do Porto e do Panamericano.

Joseane Oliveira, assessora de Planejamento Estratégico do Metrofor, destacou a importância da ação: “Crochê é uma arte que é também terapêutica. A gente entende que o metrô é muito mais que transporte, é também um local de cidadania e inclusão social.”

Patrícia Albuquerque, técnica do Programa Assistência do Sesc Ceará, explicou que nesta edição o tema trabalhado foi O Sertão Feminino Cearense. “No caso do crochê, que não é um resíduo têxtil, trabalhamos ele juntamente com o abadá, por exemplo, fazendo diversas peças de roupas e bolsas. Ou seja, um tecido que iria para o lixo é ressignificado e ainda vira uma peça de moda sustentável, que é vendida pelas alunas para complementar suas rendas”, detalhou.