Ceará tem 1.200 MW de energia eólica habilitados para novos leilões

22 de janeiro de 2009 - 03:00

Antes mesmo de sacramentar os 518,33 megawatts (MW) de potência instalada com a colocação em funcionamento de todos os 14 parques eólicos (do Proinfa ) – o que ocorrerá ainda este ano -, o Ceará já tem viabilizado tecnicamente o potencial de 1.200MW da mesma energia. Este número é o excedente do leilão da primeira fase do Proinfa, realizado no início da década. Isto porque, antes das empresas participarem do leilão de venda da energia produzida pelos parques eólicos, elas teem que apresentar a viabilidade técnica do projeto de cada parque.

A viabilidade técnica significa que o grupo investidor interessado em construir a usina elétrica tem que apresentar projeto do parque eólico, licença ambiental, licença da agência nacional de energia elétrica, entre outros documentos. De posse desses documentos, ele participa de um leilão do Ministério das Minas e Energia, no qual se compromete a vender a energia produzida por pelo preço estabelecido.

O Governador Cid Gomes defendeu em reunião dos governadores do Nordeste, realizada em Fortaleza, no ano passado, a tese de que fossem leiloados mil MW de energia eólica a cada ano. Com a assiduidade dos leilões, os empresários da cadeia produtiva se interessariam em investir nos estados com maior potencial eólico como o Ceará, por exemplo, que detem o potencial de 25 mil MW em terra e 10 mil MW no mar, atingindo a marca de 35 mil MW. Esses números, porém já estão sendo revistos, através da atualização do Atlas eólicos, que deverá apresentar um potenciar ainda maior. A proposta do Governador cearense está sendo analisada pelos técnicos do Governo Federal.

O secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele, ressalta a importância da constância dos leilões, o que daria mais segurança para os investidores que desejam produzir equipamentos utilizados nos parques eólicos, para se instalem no Ceará e em outros estados produtores da energia. “Eles garantiriam além de novos parques, novas fábricas destes equipamentos, que seriam implantadas no Estado”, afirma Fontenele, um entusiasta também das fontes de energias limpa.