Construção de usinas representa economia de água e não emissão de gases poluentes

26 de fevereiro de 2009 - 03:00

O funcionamento de todos os 14 parques eólicos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) no Ceará até o final do ano, somados aos três outros anteriores ao programa, e que juntos deverão dar ao Estado uma potência de 567,9 MW de energia elétrica a partir de fontes eólicas, representam uma economia anual de água em torno de 2,1 bilhões de metros cúbicos junto ao sistema energético do São Francisco. Os números comparativos constam de estudos realizados pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) sobre energias renováveis.

Além dessa economia, uma vez que a água poderá ser acumulada para outros fins que não o de apenas fazer funcionar as turbinas das hidrelétricas formadas a partir daquele rio, os parques eólicos cearenses evitarão ainda o lançamento de 1 milhão de toneladas Dióxido de Carbono ao ano na atmosfera, que seria provocado pela derrubada de árvores para a construção de hidrelétricas. Renato Rolim, que também é engenheiro eletricista, listou ainda que o País, ao investir nestes parques eólicos, economizará em torno de R$ 163 milhões em investimentos necessários para erguer as linhas de transmissão e outros R$ 336 milhões para investimentos em geração de energia elétrica.

Defendendo a expansão do mercado de energia renovável, o coordenador ressaltou que o Governo do Estado faz esforços voltados para a maior exploração dessas fontes como o projeto piloto de uma usina termosolar, a elaboração de um Atlas Solarimétrico, as articulações com vistas a atualização dos estudos das Linhas de Transmissão e Subestações de Energia Elétrica coletoras para a conexão com as usinas eólicas, entre outras iniciativas. Entre os motivos para os investimentos nestas alternativas, Renato Rolim apontou o grande potencial dessas fontes bem como seus benefícios como a contribuição com todo o sistema interligado, complementariedade dos ventos com o ciclo de chuvas, contribui para o aumento da quota das barragens, e reduz  aquecimento global e suas conseqüências, e principalmente, não agride o meio ambiente. Apontou ainda uma série de dificuldades para a consolidação do setor eólico, como a compra de equipamentos, a inexistência de uma cadeia produtiva do segmento eólico e de um programa de compra de energia gerada a partir de fonte eólica e alto índice de nacionalização dos equipamentos exigidos pela legislação, bem como problemas de conexão com a rede básica e a de distribuição.