Pecém se prepara para ampliar exportação de carnes

8 de maio de 2009 - 03:00

O Terminal Portuário do Pecém, que já lidera na exportação de frutas, deverá se tornar um importante exportador de carnes para os mercados da Rússia e Europa a partir de julho deste ano. A expectativa é do diretor de Desenvolvimento Comercial da Companhia de Gestão Portuária do ceará (Cearáportos), Mário Lima Júnior. Acompanhado do coordenador comercial do órgão, José Alcântara, o diretor esteve nesta quarta-feira (6) visitando o porto de Santos (SP), conhecendo os equipamentos e processos utilizados para a operação com carnes daquele porto e onde também se reuniu com técnicos do Ministério da Agricultura, quando ficou acertado, que até o final deste mês deverão ser editadas as normas para a adaptação do Pecém, para fazer esse tipo de exportação para o mercado russo e europeu, mais exigentes quanto aos controles sanitários.

Segundo o diretor, o Ceará tem grandes possibilidades de se destacar na exportação desse tipo de produto. Para isso, explicou, dois fatores são favoráveis ao Terminal Portuário do Pecém: Tocantins e Pará são grandes exportadores de carne bovina para os mercados russo e europeu, mas, devido a grande demanda pelo produto, estão tendo dificuldades para escoarem os pedidos pelos portos de Santos (SP) e Itajaí (SC). Por conta disso buscam outros portos para o atendimento dessa demanda, inclusive no Nordeste. O outro está no fato do Pecém não necessitar de grandes adaptações, pois já possui duas câmaras frigoríficas e está ampliando a capacidade de receber contêineres frigorificados com a implantação, até julho, de mais 300 tomadas.

“O Ceará exporta atualmente cerca de 300 contêineres por ano de carnes para estes mercados, mas podemos chegar aos 2 mil contêineres uma vez que estamos nos equipando para podermos operar também com mais ênfase com esse produto”, ressaltou Mário Lima,
Conforme explicou o mercado russo e europeu impõem mais exigências para importar carnes. “Nós já exportamos para mercados para mercados como Israel, Líbano e Líbia, mas estes exigem que a inspeção do produto seja feita apenas na origem. Já os russos e europeus querem que as vistorias aconteçam também antes do embarque, ainda no porto”, destacou.