Cegás e ANP discutem andamento das obras da planta de produção de Gás Natural Renovável no Ceará

13 de junho de 2017 - 14:41

O presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), Hugo Figueirêdo, reuniu-se ontem com o diretor da  Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Aurélio Amaral, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), Inácio Arruda, para discutir o andamento das obras da planta da unidade para captação, tratamento e da rede de distribuição do biogás produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (ASMOC) – a Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza).

Participaram da reunião, que discutiu também a regulamentação para a comercialização do Gás Natural Renovável, o diretor Administrativo e Financeiro da Cegás, Fábio Norcio, o presidente da  Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), Francisco Magalhães, além de técnicos da Cegás, Nutec e ANP.

Na reunião, ocorrida após uma visita à planta no aterro sanitário, em Caucaia, os técnicos da ANP comunicaram ao presidente da Cegás que estavam “satisfeitos” com o ritmo das obras da planta GNR Fortaleza, prevista para ser inaugurada no segundo semestre deste ano. Segundo a Cegás, já estão construídos 16,5 dos 23 km previstos para o gasoduto da GNR Fortaleza.

A nova usina se adequa à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010, e é fruto de uma parceria da Cegás, Governo do Ceará, Prefeitura de Fortaleza e Ecometano.

A GNR Fortaleza vai possibilitar a retirada do gás metano da superfície do Aterro e será a segunda maior do País, com capacidade para a produção inicial de 100.000 m³ de biometano, um combustível renovável compatível com as especificações do gás natural, usado para abastecer veículos, indústrias, comércio e residências. O gás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no Aterro, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza.

Para a retirada de metano, foram instaladas tubulações que farão a sucção de todo o metano da superfície do aterro. O processo de produção de biometano acontece a partir da separação de CO2 do metano e da remoção de contaminantes.

Além da geração de energia, também será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes. Isso contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para as futuras gerações. Com a geração de energia renovável, os combustíveis fósseis são substituídos, reduzindo, dessa forma, passivos ambientais e atribuindo selo verde à matriz de tratamento.